terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Quem tem posto a mão no arado...

...não pode mais olhar pra trás.


A construção da nossa casa na aldeia ainda está em andamento. Gostaríamos de já estarmos morando nela, mas sabemos que o tempo não é nosso mas de Deus. Devido a vários imprevistos, o processo tem sido lento, mas mesmo com as chuvas que já começaram o trabalho continua! Somos muito gratos a todos que tem contribuído para este projeto.


Veja abaixo o andamento da construção até agora.

Primeira etapa da construção...

No início tivemos uma equipe que participou no trabalho de transporte de materiais para o outro lado do rio.


Cimento, cal, e tijolos foram atravessados em várias viagens de canoa...


...e com o auxílio de uma moto foram transportados barranco acima e levados para a aldeia.


Também limparam a área da construção e deram início ao trabalho de levantamento dos alicerces. 



Os Zorós que estavam na aldeia ajudaram sempre que podiam.
Este senhor indígena estava com o braço quebrado, mas fez questão de ajudar com o transporte dos tijolos. Sem a ajuda dos moradores Zoró, o transporte desse material seria quase que impossível.

Assistam um pouquinho dessa força tarefa:



                                                             

Segunda etapa da construção...

Nesta segunda etapa, o Ourípio, missionário que trabalha na base da missão em Ji-Paraná, começou a levantar a parte de tijolos.



O Wellington virou assistente de pedreiro e dividia o tempo fazendo a comida,
 pois afinal das contas...                                                                                     
...saco vazio não fica em pé.     

Cozinha improvisada do Chefe Wellington Machado


Terceira etapa da construção...

Fomos para a aldeia como família. Neste tempo foi um grupo da Igreja Indígena Gavião para ajudar a cavar a fossa. Estes irmãos gavião já haviam expressado o desejo de ajudar com a construção da nossa casa até antes de começarmos a construir. Orem por esse grupo, pois este desejo vai além de simplesmente ajudar construir uma casa. Eles sentem no coração a necessidade de se envolverem na obra missionária, e já expressaram o desejo de nos ajudar entre o povo Zoró. Como as duas etnias tem o mesmo dialeto, tê-los como parte da nossa equipe agilizaria bastante o trabalho entre os Zoró. Já existe uma Igreja Indígena Gavião com líderes nativos. Orem com eles sobre este desejo. Assim como nós, terão que se deslocar e submeter ao ministério enviados e sustentados pela própria Igreja Gavião, que tem pouco recurso para tal comprometimento. Mas bem sabemos na experiência que o Deus que envia é o mesmo Deus que supre e se revela para a sua igreja ao serem obedientes ao Senhor da Ceara. Desejamos que a Igreja Gavião também venham a desfrutar disso.


Equipe Gavião almoçando conosco na nossa casa provisória.












Chegaram numa tarde e já começaram a cavar. Vieram em duas motos da aldeia Gavião. Fizeram uma viajem de uns 130km de estrada de chão, e após comerem já pegaram as enxadas.


 Um pequeno intervalo para dar uma ajustadinha na coluna...
 ...e então o trabalho prossegue.
Dormiram uma noite, e na manhã seguinte terminaram a fossa e já voltaram para suas obrigações na aldeia Gavião. A terra removida da fossa foi usada para aterrar a casa. 

Durante o restante do tempo na aldeia o Wellington continuou aterrando o chão, cavando em lugares ao redor do terreno. Também fez uma viajem com alguns Zoró até uma ilha próxima para pegar pedras que serão usadas futuramente no piso da casa. Ainda faltam algumas viagens até a ilha para pegar o suficiente para esse fim.

Ficamos na aldeia por um mês e meio. Foi um tempo bastante proveitoso ao fazermos novas amizades e  colhermos um pouco mais da língua e cultura. 

As meninas amaram os novos amigos e já começaram a pegar um pouco da língua.





Os Zoró estão construindo um barracão para os cultos e encontros. Os próprios Zoró já haviam pago dois pedreiros para levantar a estrutura e atelhar o barracão, mas ainda pretendem terminar o piso e possivelmente cobrir ao redor.

Neste tempo o Wellington também pode dar uma mãozinha ajudando aterrar o barracão deles.


Por contas das chuvas que começaram a ficar mais constantes, precisamos sair da aldeia, pois estávamos com o carro baixo do meu pai. De agora em diante entraremos só de carona com os Zoró que tem carro apropriado para as estradas. Toyota, etc.

Quarta etapa da construção...

Esta etapa da construção ainda está em andamento.

Nesta sexta-feira passada o Wellington voltou para a aldeia acompanhado pela equipe missionária da etnia Gavião (Adilton Campos, Valmir e Ana Lurdes Ferreira), juntamente com o missionário Ourípio de Paula e alguns irmãos da Igreja Gavião. Ficarão por uma semana para fazer uma força tarefa e levantar e cobrir a nossa casa. Precisarão atravessar as madeiras pro outro lado do rio, e então levantarão as paredes de madeira e cobrirão a casa com telha. Uma mega tarefa para uma semana. Por favor, orem por proteção e eficiência nessa próxima etapa da construção. 

Assim que voltarem postarei mais fotos no blog.


E aqui estamos, já muito agradecidos por todos que fazem parte desse trabalho, e acima de tudo, pela mão de Deus que nos sustenta e guia em tudo para que o Nome Dele seja proclamado entre as nações. 

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Notícias da equipe de construção

Acabo de receber notícias da equipe que estão a trabalho na aldeia. Eles nos ligaram no skype usando a internet via rádio da escola indígena perto da aldeia. Renny levou o seu laptop, podemos até vê-los através da webcam. A imagem, um tanto embaçada, dificultou a identificação de quem era quem, mas foi maravilhoso ver os movimentos e ouvir suas vozes!

EIS ENTÃO AS NOVIDADES! 

O trabalho de transportar os tijolos do outro lado do rio até a aldeia tem sido lento e árduo sob o calor do sol e a constante companhia dos piuns e outros mosquitos. Um pouco mais de um terço dos tijolos foram transportados até agora. Também fizeram a limpeza da área de construção, removendo os troncos de árvores, mato, e mais, começaram a colocar as linhas de demarcação.

Os moradores Zoró têm ajudado com o trabalho e também levado bastante peixe para a equipe, que tem sido uma benção.

Um dos Zoró falou comigo rapidamente no skype dizendo que eu recebi um novo nome. É comum um Zoró ter vários nomes, como em sua cultura, os nomes marca algum evento impressionante . Quando algo novo impressiona um Zoró, ele pode dar um nome a alguém que marcará essa ocasião. É interessante observar que ninguém entre eles tem o mesmo nome. Fico curiosa então para saber o nome que me deram e a razão do nome. Vou ter melhores detalhes sobre isso, e muito mais, quando a equipe voltar da aldeia. E nem preciso dizer que me senti honrado em ser lembrado, embora não estando presente durante essa fase de construção.

A equipe planeja voltar para Ji-Paraná na segunda-feira, dia 11 deste mês.

Continuem em oração por proteção e pelo progresso do transporte dos materiais até a aldeia.
Orem também pela saúde da equipe. Tanto as picadas dos mosquitos como o calor tem sido um desafio para o Renny. O meu pai e o Ourípio estão sentindo bastante na coluna o peso dos materiais. Wellington e Ourípio estarão avaliando se ficarão na aldeia por mais algum tempo ou se votam para Ji-Paraná com o meu pai e o Renny para dar um descanso.

Saibam de mais detalhes dentro do contexto no blog do Renny: http://www.mistermaki.blogspot.ca/

domingo, 3 de agosto de 2014

sábado, 2 de agosto de 2014

Equipe de construção da nossa casa na aldeia

Esta linda equipe de construção viajou hoje até a aldeia Zoró Pawanewa, para a iniciação da construção da nossa. 

Da direita à esquerda: 
  • Renny Maki, nosso amigo importado do Canadá que está doando 2 semanas de suas férias para ajudarmos com esse projeto. 
  • Ourípio de Paula, missionário que trabalha na base da Missão Novas Tribos em Ji-Paraná. Ele deixou a sua família e interrompeu por um tempo o seu trabalho na base para prestar a sua ajuda indispensável na construção da nossa casa. Ourípio já vem nos ajudando com a criação da planta, cálculos e orçamento do material necessário para este projeto. Sua experiência nesta área tem quebrado um grande galho nesta faze inicial, e a sua disposição para ajudar diretamente com a construção é louvável.
  • Donald Austin, meu pai, missionário com o povo Gavião, também tirou um tempo do seu ministério para ajudarmos na construção. Ele disponibilizou o seu carro, parati, para fazer as viagens até a aldeia, levando a equipe e mantimentos pelas estradas precárias que dá acesso à margem do Rio Branco em Mato Grosso, um percusso de 170 km. Também estará ajudando diretamente com a construção. Obrigada pai!
  • Wellington Machado, meu digníssimo esposo, topa tudo, apesar de nunca ter construído uma casa em sua vida! Seu entusiasmo por logo estar entre os Zoró o anima nesta nova experiência.

COM ISSO, OREMOS!

- Por proteção durante a viajem e no trabalho.
- Por sabedoria e um bom desempenho na construção.
- Pelo envolvimento do próprio povo Zoró, toda ajuda será bem vinda!
- Por um bom relacionamento entre essa pequena equipe e com o povo que estará na aldeia.


BARREIRAS


ponte quebrada que dá acesso a aldeia Pawanewa
Infelizmente, a ponte que atravessa o Rio Branco dando acesso a aldeia Pawanewa foi levada pelas chuvas a alguns anos atrás, e o único acesso é com as canoas dos Zorós. Por este motivo, os materiais terão que ser transportados desta maneira, efeito formiga! Será um processo um tanto demorado. A aldeia fica uns 450 metros da margem do outro lado do rio. Também, os piuns (espécie de mosquito muito miúdo) formam nuvens na beira do rio, sendo um tanto incômodo com suas picadas ardidas. Para quem não está acostumado, pode causar inflamação e reação alérgica e febre. 



Com isso, peço oração por esse processo de trasporte, e pela boa saúde apesar dos bichinhos e trabalho árduo. Esperamos ter bastante ajuda dos nativos na área para que o processo seja menos demorado.




ABRIGO

Os moradores da aldeia disponibilizaram um abrigo pequeno e coberto aonde a equipe montarão duas barracas. Assim terão um lugar protegido para dormirem durante a estadia deles lá. Sabemos que o Ourípio e o meu pai já não tem aquela juventude toda para dormir tanto tempo numa barraca. Orem pela saúde da equipe e por descanso necessário para o trabalho. 


TEMPO NA ALDEIA

O meu pai e o Renny planejam voltar da aldeia no dia 13 deste mês de Agosto para a viajem do Renny de volta ao Canadá.

O Wellington e o Ourípio ficarão por um tempo indeterminado, dependendo de quanto tempo durará o material de construção. Quando o meu pai chegar da aldeia com o Renny teremos mais detalhes sobre o andamento do trabalho.


ALGUMAS FOTOS DO NOSSO CONTATO COM O POVO ZORÓ